quinta-feira, 26 de maio de 2016

DAVID REDWINE: ENDOMETRIOSE NO DIAFRAGMA - OS SINTOMAS, O DIAGNÓSTICO E O TRATAMENTO!

Já colocamos no blog um texto de perguntas e respostas do doutor David Redwine com tudo que você precisa saber sobre a endometriose no diafragma, mas hoje tornamos a abordar o tema num texto direcionado aos sintomas, ao diagnóstico e ao tratamento. Toda endometriose no diafragma tem sintomas? Existe também a assintomática? Quais são os sintomas? Como o médico poderá suspeitar que a mulher tem endometriose diafragmática? Como é feito o tratamento deste tipo de endometriose? Mais um texto exclusivo do A Endometriose e Eu. Abril nosso mês de festa! Beijo carinhoso! Caroline Salazar 

Por doutor David Redwine
Tradução: doutor Alysson Zanatta
Edição: Caroline Salazar

Endometriose Diafragmática: Sintomas, diagnóstico e tratamento.

Primeiramente descrita por Brews em 1954 [1], a endometriose sintomática do diafragma é rara, com menos de 30 casos relatados em toda a literatura médica mundial. A maior parte desses casos está em duas séries [2,3]. O músculo diafragma direito está acometido 27 vezes mais do que o esquerdo. A doença bilateral é rara, ocorrendo em apenas dois de 28 casos. A idade das mulheres com endometriose sintomática do diafragma varia de 19 a 43 anos, com uma idade média de 34 anos. Após o início dos sintomas, pode haver uma demora de vários anos para o seu diagnóstico.

Os sintomas podem ser clássicos e consistem de dor ipsilateral (nota do tradutor: no mesmo lado) no tórax e no ombro que surgem pela primeira vez durante as menstruações. Com o passar do tempo, os sintomas podem iniciar antes da menstruação, sendo que algumas pacientes têm sintomas leves crônicos que pioram fortemente antes e durante as menstruações. A dor pode se irradiar para o pescoço ou os braços no lado afetado e simular uma dor muscular. Quando a dor é mais severa, esta pode ser perceptível com a respiração ou ao se deitar. Raramente, a paciente pode ter que dormir sentada devido à dor e muitas limitarão suas atividades diárias quando a dor estiver em seu pior grau. Calor, massagem e analgésicos são utilizados em um esforço para aliviar a dor.

O diagnóstico da endometriose diafragmática é suspeitado inicialmente pelos sintomas, já que os exames de imagem serão negativos. Derrame pleural e pneumotórax são raramente diagnosticados nessas pacientes [4]. A cirurgia é necessária para confirmar a suspeita de doença diafragmática, e essa pode ser feita por laparoscopia. É necessária a visualização de toda a superfície de cada hemi-diafragma. Uma ótica de laparoscopia posicionada na cicatriz umbilical poderá visualizar apenas a porção anterior do diafragma porque o grande volume do fígado esconde a sua face posterior (Fig. 1). Enquanto pequenas lesões “sentinelas” podem ser visíveis, a maior parte das lesões sintomáticas estará localizada na metade posterior do diafragma [2]. O diafragma esquerdo pode ser visto praticamente em toda sua extensão. A mesa cirúrgica pode ser colocada na posição de Trendelenburg reversa (nota do tradutor: com a cabeça mais elevada que os pés) para que o fígado seja deslocado do diafragma, mas ainda assim a metade posterior do diafragma não será visualizada em todas as pacientes. A melhor maneira de se ver a porção direita posterior do diafragma em sua totalidade é colocando um trocater de 5-mm na região subcostal na linha clavicular média (Fig. 2). Isso permite que um laparoscópio de 5-mm seja avançado bem mais adiante sobre a cúpula do fígado do que um laparoscópio colocado na punção umbilical, permitindo assim que todo o diafragma seja visualizado (Fig. 3). A endometriose sintomática do diafragma ocorre como lesões nodulares únicas ou agrupadas que chegam a medir 1,5 cm cada, estendendo-se por até 10 cm na superfície do diafragma, geralmente paralela à parede torácica posterior. Algumas lesões estarão aderidas à superfície hepática adjacente (Fig. 4). 
Figura 1: O hemi-diafragma direito e fígado são vistos com um laparoscópio de 10-mm colocado na punção umbilical. As porções anterior e média do diafragma podem ser vistas, mas o diafragma posterior não é visível
Figura 2: Visão externa de um laparoscópio de 5-mm colocado inferiormente à margem costal direita para visualização do diafragma posterior
Figura 3: Visão laparoscópica demonstrando o quão mais longe um laparoscópio de 5-mm pode avançar pela incisão subcostal. Todo o diafragma pode ser visto

Figura 4. Endometriose do folheto direito do diafragma com adesões à superfície hepática
O tratamento cirúrgico requer a realização de laparotomia para obtenção de melhores resultados [2]*. As medicações têm sido ineficazes na maioria dos casos onde foram utilizadas, e a castração pode não resolver todos os sintomas.

O procedimento cirúrgico é simples. Se a doença for unilateral, faz-se uma laparotomia subcostal no lado afetado. Se houver doença bilateral, faz-se uma incisão mediana epigástrica. Utiliza-se um afastador na incisão, o fígado é mobilizado inferiormente (Fig. 5), e secciona-se o ligamento falciforme. As lesões superficiais podem ser removidas por ressecção de espessura parcial com eletrocautério ou tesoura (Fig. 6). Como o diafragma tem apenas alguns milímetros de espessura, e como os nódulos sintomáticos podem ocupar toda a espessura do diafragma [2], a ressecção de espessura total poderá ser necessária. Pinças longas de Allis são utilizadas para tracionarem o diafragma doente e afastá-lo do pulmão subjacente (Fig. 7). Incisa-se o tecido entre as pinças de Allis junto ao nódulo (Fig. 8), com eletrocautério ou tesoura. Então, o diafragma sadio ao longo da lesão é incisado em ambos os lados (Fig. 9) até que se penetre na espessura total do diafragma (Fig. 10), e o segmento do diafragma doente seja ressecado (Fig. 11). Eventualmente, a lesão diafragmática (Fig. 12) pode estar aderida ao pulmão subjacente (Fig. 13). Algumas vezes, são necessárias áreas separadas de ressecção para lesões não contíguas (Fig. 14).

          Figura 6: Algumas lesões superficiais do diafragma podem ser removidas por ressecções de espessura parcial


Figura 7: A ressecção de espessura total do diafragma é necessária para o tratamento da doença sintomática. Um nódulo de endometriose é tracionado com uma pinça de Allis e puxado em direção à incisão abdominal enquanto a caneta do eletrocautério fica pronta para iniciar a dissecção
Figura 8: Utiliza-se eletrocirurgia para iniciar a ressecção adjacente ao nódulo. Note que um líquido achocolatado é pressionado para fora da lesão cística quando tracionada pela pinça de Allis
Figura 9: Com o diafragma fortemente tracionado em direção anterior, as lesões demonstradas à direita da figura podem ser isoladas por uma incisão circunjacente
Figura 10: A incisão rapidamente se torna de espessura total já que o diafragma é bastante fino. A base do pulmão direito é visualizada através do defeito
Figura 11: O pedaço do diafragma que contém uma parte da lesão endometriótica está quase completamente removido
Figura 12: A superfície pleural do diafragma pode ser examinada após a penetração em sua espessura total. Neovascularização hemorrágica e nódulos de endometriose são vistos no diafragma
Figura 13: A base do pulmão direito está aderida à superfície pleural do diafragma direito devido à inflamação causada pela endometriose em toda a espessura do músculo


Figura 14: Após a completa remoção da doença diafragmática por ressecção de espessura total, um ou mais defeitos terão sido criados



O laparoscópio pode ser avançado até o interior da cavidade torácica (Fig. 15) para pesquisar eventual endometriose torácica, a qual raramente irá coexistir com a endometriose diafragmática. Os defeitos no diafragma são fechados com uma sutura contínua de fio permanente (não absorvível). Antes que o último ponto seja fechado, coloca-se um cateter flexível no interior da cavidade torácica e o anestesista infla o pulmão ao máximo enquanto o cateter é removido e a sutura é fechada. Isso elimina a maior parte de qualquer pneumotórax. Radiografias do tórax não são necessárias no pós-operatório para a paciente assintomática, já que mostrarão um pequeno pneumotórax. A fluoroscopia pós-operatória da função diafragmática mostrou-se normal em duas pacientes [2], e parece que não há morbidade decorrente da ressecção diafragmática, especialmente considerando-se os graves sintomas presentes antes da cirurgia.

Figura 15: O laparoscópio pode ser avançado para dentro do tórax para a toracoscopia transdiafragmática. A superfície anterior do pulmão direito é vista no terço inferior da figura. A superfície parietal do hemitórax direito é vista na metade superior da figura. O vaso à direita é a artéria torácica interna, também conhecida como artéria mamária interna. Essa artéria é uma continuação da artéria epigástrica inferior que é bem conhecida dos cirurgiões pélvicos


O alívio dos sintomas após a ressecção da endometriose diafragmática é de praticamente 100% [2], e é muito mais efetiva que a vaporização a laser da endometriose feita pela punção umbilical [3]. A menor resposta observada com a vaporização a laser pode ocorrer devido à visualização incompleta das lesões diafragmáticas, e à destruição incompleta. De fato, como 100% dos casos de endometriose diafragmática em uma série foram de doença que acometiam toda a espessura do músculo [2], a ablação térmica parece ser contraindicada.

* Por favor observem, desde que esse artigo foi escrito e publicado, os avanços nas técnicas laparoscópicas agora permitem frequentemente que os cirurgiões tratem a endometriose diafragmática por laparoscopia ao invés de laparotomia. Esse artigo descreve a técnica de ressecção de endometriose do diafragma por laparotomia. Se você estiver vislumbrando cirurgia para remover doença diafragmática, por favor discuta as opções com o seu cirurgião.


Nota do Tradutor: Talvez o principal fator relacionado à endometriose do diafragma é a sua dificuldade diagnóstica. Na maior parte das vezes, o diagnóstico será feito após um episódio súbito de pneumotórax (ar na cavidade pleural, que reveste os pulmões) ou hemotórax (sangramento na cavidade pleural), quase sempre associados ao período menstrual.

Este é mais um exemplo de como a endometriose “não conhece fronteiras”, e que não pode ser considerada apenas uma doença ginecológica.  Caberá sempre ao ginecologista suspeitar de sintomas atípicos que possam eventualmente ser causados por endometriose, ainda que os sintomas não sejam ginecológicos.




Sobre o doutor Alysson Zanatta:

Graduado e com residência médica pela Universidade Estadual de Londrina, doutor Alysson Zanatta tem especializações em uroginecologia e cirurgia vaginal pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), cirurgia laparoscópica pelo Hospital Pérola Byington de São Paulo e doutorado pela Universidade de São Paulo, USP. Suas principais áreas de atuação são a pesquisa e o tratamento da endometriose, com ênfase na cirurgia de remoção máxima da doença. Seus inter­esses são voltados para iniciativas que promovem a conscientização da população sobre a doença, como forma de tratar a doença adequadamente. É diretor da Clínica Pelvi Uroginecologia e Cirurgia Ginecológica em Brasília, no Distrito Federal, onde atende mulheres com endometriose, e Professor-adjunto de Ginecologia da Universidade de Brasília (UnB). (Acesse o currículo lattes do doutor Alysson Zanatta). 


quinta-feira, 19 de maio de 2016

AUDIÊNCIA PÚBLICA DE LUTA CONTRA A ENDOMETRIOSE REALIZADA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS EM BRASÍLIA!

Os participantes da mesa: o doutor Alysson Zanatta, primeiro da esquerda para a direita de terno cinza.


Por Caroline Salazar

Na última terça-feira, dia 17 de maio, foi realizada em Brasília a "Audiência Pública de Luta Contra a Endometriose", na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Promovida pelo deputado Cláudio Abrantes (REDE/DF), o evento contou com médicos especialistas na área (ginecologistas e proctologistas), e com a doutora Marta de Betania, médica ginecologista representante da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

O deputado Cláudio Abrantes abriu a audiência destacando o objetivo do encontro: discutir os aspectos de saúde pública, sociais, e econômicos relacionados à endometriose. Em seguida, cada um dos nove médicos falou durante 10 minutos sobre a doença. O doutor Alysson Zanatta, Professor de Ginecologia da Universidade de Brasília, destacou três objetivos para que se possa vencer a endometriose: 

- a disponibilidade de recursos humanos materiais (medicamentos, máquinas de ultrassonografia e ressonância magnética pélvica, equipamentos modernos de videolaparoscopia) em centros de referências;

- o correto diagnóstico da doença e de forma precoce;

- e o mais importante, a capacitação médica. 

Doutor Alysson ressaltou o enorme desafio de falarmos de uma doença onde muitas vezes nem a identificamos, mesmo durante cirurgias, ou que, quando identificada, não é tratada adequadamente por capacitação técnica insuficiente. Comentou ainda a falta de avanços reais no entendimento das causas reais da endometriose, destacando que a teoria da menstruação retrógrada jamais foi provada cientificamente, e que tratamentos e recomendações baseados nessa teoria não curam a doença.

A doutora Marta de Betania destacou a vontade do poder público em discutir a endometriose e promover ações concretas de combate à doença. Porém, comentou sobre a falta de médicos ginecologistas na rede pública, hoje estimada em 220 profissionais no Distrito Federal.

Ao encerramento, o deputado Cláudio Abrantes sugeriu a criação de uma Frente Parlamentar sobre a Endometriose. Destacou que essa não seria mais uma Frente apenas uma Frente “no papel”, mas que ela deveria promover ações concretas. Entre elas, o projeto de criação de um centro de referência em endometriose para atendimentos às portadoras do Distrito Federal.

O evento foi encerrado com um sentimento de mobilização e de desejo de união de forças no combate à endometriose, sentimento para o qual torcemos que se materialize em uma melhor assistência às mulheres portadoras da doença. Vamos torcer para que realmente a "Frente" não fique apenas no papel e para que a vontade do poder público seja "de verdade" para que as mais de 10 milhões de portadoras brasileiras, em especial, as do Distrito Federal e de estados vizinhos, sejam  beneficiadas não só com o diagnóstico precoce da doença, mas com o correto diagnóstico e tratamento da endometriose. Repito: que o governo federal olhe para as mais de 10 milhões de endomulheres brasileiras. Precisamos ser enxergadas, vistas, cuidadas, nossos governantes precisam saber que nós existimos e que somos muitas. Com fé e muita perseverança chegaremos lá. Beijo carinhoso!

                

segunda-feira, 16 de maio de 2016

A HISTÓRIA DA LEITORA ANA KARENINA MACEDO E SUA ENDOMETRIOSE PROFUNDA!

A leitora Ana Karenina Macedo, de Brasília. Foto: arquivo pessoal

Hoje o A Endometriose e Eu conta a história da leitora Ana Karenina Macedo, de Brasília, Distrito Federal. Fiquei muito feliz quando recebi seu email com sua história, principalmente, ao ler que ela conheceu seu "anjo da endometriose" aqui no blog. Neste caso seu anjo atende pelo nome de doutor Alysson Zanatta. Em dezembro de 2015 recebi um email de uma leitora de Brasília, que morava no Rio, afirmando que bons médicos estavam apenas no eixo Rio-São Paulo. Bom aí comentei do doutor Alysson, ela marcou consulta e depois me escreveu dizendo que ele era uma joia escondida no Cerrado. Precisamos de médicos capacitados e bons cirurgiões em todos os Estados, e não apenas nas grandes metrópoles. Ana viveu nove longos anos sofrendo com a doença, teve um aborto aos 9 meses de gestação, acabou se separando, mas nada tirou sua força, sua garra e vontade de vencer. Esta é mais uma história para se inspirar. Não vou me estender, pois a protagonista é a história da querida Ana Karenina. Beijo carinhoso! Caroline Salazar

“Primeiramente queria agradecer a você Caroline por ter criado o blog A Endometriose e Eu. Descobri seu blog em 2014 e comecei a entender muito mais os caminhos do meu problema e, por isso, gostaria muito de relatar minha história.

Em 2007, eu tive o primeiro diagnóstico de endometriose no ovário direito. Não sentia dor, mas meu ovário estava três vezes aumentado. Encaminharam-me para a operação com uma especialista, e eu fiz uma laparoscopia para a retirada da lesão. Eu não tinha a menor ideia do que era a endometriose, e saí da operação sem saber nada ainda. O que me disseram depois da cirurgia é que eu não me preocupasse, pois estava curada e que meu ovário estava intacto e que o que poderia curar de vez o problema era engravidar.

Na época da cirurgia estava noiva e logo depois me casei. E logo no início do casamento engravidei. Minha filha, Mariana, infelizmente morreu aos 9 meses de gestação por uma hemorragia cerebral. Depois do luto e da dor pela perda do meu anjinho, achei que então estava curada da endometriose, por causa da gravidez. Minha menstruação que sempre tinha sido conturbada estava maravilhosa. Nada de cólica, apenas três dias e quase nada de TPM. Me separei 9 meses depois da morte da minha filha. No meio da dificuldade de me reerguer eu simplesmente tirei da memória o fato de que tive endometriose. Coloquei na caixinha de coisas resolvidas.

No final de 2012, eu voltei a ter cólicas no primeiro dia da menstruação e o mais estranho é que toda vez que a menstruação descia, meu intestino mantinha contrações como de diarreia, mesmo não tendo nada, e eu defecava com sangue. Aquilo me chamou muita atenção e, assustada, comecei minha peregrinação por um médico que me explicasse isso. E era sempre a mesma coisa: faz ultrassonografia, exame de sangue e não dava nada significativo. Então eu recebia uma resposta de “está tudo bem, não se preocupe” e seguia em frente. Cheguei a fazer uma colonoscopia e nenhuma alteração. E eu fui vivendo, achando estranho e caçando um médico capaz de me dar uma explicação.

Até que em junho de 2014, eu acordei de madrugada com uma dor dilacerante na barriga, que nada fazia passar. A princípio achei que eram gases, tomei Luftal e nada de passar a dor. Durou mais ou menos duas horas e passou sozinha. No segundo dia a mesma coisa. E foi assim por uma semana inteira. Quando não aguentei mais, fui à emergência. Novos exames e nada demais. Foi um mês sentindo uma dor horrível, sem conseguir viver direito senão à base de analgésicos e nenhum médico detectava nada demais. Era angustiante.

Até que em uma das idas à emergência, a médica pediu uma ressonância magnética. E por fim, a endometriose foi diagnosticada. Levei o resultado a um ginecologista que estava disponível na hora e que me explicou que somente a cirurgia de retirada dos focos poderia resolver o problema e que eu teria que colocar o DIU Mirena depois dela. Eu não conseguia nem pensar de tanta dor que sentia. Concordei com tudo e fiz a cirurgia de retirada.

Nessa cirurgia aberta tive a retirada do ovário esquerdo, da trompa esquerda, metade do meu ovário direito e fiz uma raspagem no intestino. Fiquei muito triste, porque desejo muito ser mãe e sabia que isso, de certa forma, era um limitador. O médico me disse que eu não podia menstruar porque viriam novos focos. Coloquei o DIU um mês após a cirurgia e, graças a Deus, não tive nenhum efeito ruim. Me dei bem com o DIU desde sempre.

E foi justamente buscando informações sobre o DIU Mirena que descobri o A Endometriose e Eu. Ele me ajudou muito! Comecei a entender mais sobre a doença, ler algumas coisas e ver o testemunho de outras mulheres que haviam passado pelo mesmo que eu foi importante para me manter forte. Comecei a entender melhor o que eu tinha e buscar mais informações.

Seis meses depois da cirurgia comecei a sentir os sintomas de novo, menos a dor, graças a Deus. Mas até o sangramento quando defecava estava presente. Um calafrio passou na minha espinha. Meu pensamento foi: eu quero ser mãe, pelo amor de Deus, que não seja no meu ovário bom. E fiz toda a bateria de exames de novo e lá estava: outros focos de endometriose. Só que agora era de retossigmoide, no intestino e atrás do útero. Fui ao médico que me operou e o diagnóstico dele foi: “Não vamos mexer. São focos pequenos e não precisa preocupar. Vamos acompanhando porque não faz sentido operar agora”. Eu fiquei muito apreensiva. Como conviver tranquilamente com uma bomba relógio dentro de mim. E se cresce? E se chegar a outros órgãos? E se pegar meu resto de ovário bom?

Foi quando eu li um artigo do doutor Alysson Zanatta aqui no blog e resolvi procurar onde ele atendia. E para minha alegria total, ele era de Brasília e atendia pelo meu convênio. Marquei a consulta e levei todos os exames. E que alegria! Que tranquilidade quando ele falou: “Nós, eu e minha equipe, estamos aptos para cuidar de você. Vai ficar tudo bem”.

Discutimos os procedimentos, a viabilidade da cirurgia, e ele me explicou calmamente as teorias sobre a endometriose. Eu pude tirar várias dúvidas e acalmar minhas angústias. E ele me disse que a cirurgia tinha que ser por laparoscopia, porque era mais preciso e era a melhor forma de enxergar todos os focos para poder retirá-los de uma vez, como fazer uma limpeza para tirar toda a sujeira desse mau inquilino. Eu fiquei muito feliz. Como disse para o doutor Alysson, eu não tenho medo de cirurgia, eu tenho medo de problema que eu não posso resolver. Falei para ele da minha vontade de ser mãe. E decidimos fazer a cirurgia o mais rápido possível.

Então, foram cinco meses de luta com o plano de saúde para conseguir autorização para a cirurgia, muito choro, muita raiva, mas finalmente recebi em abril o resultado positivo do plano. E marquei em duas semanas a cirurgia.

No dia 18/04/2016 fiz minha cirurgia por laparoscopia com a equipe do doutor Alysson. Tive uma ressecção de 9 cm do intestino, a retirada do apêndice por estar completamente tomado de endometriose e outros focos espalhados como aderências entre os órgãos. E tudo isso com apenas quatro furinhos na barriga. A recuperação está sendo ótima e praticamente indolor.

Hoje, escrevo esse texto porque acabei de sair do consultório do doutor Alysson, após a retirada dos pontos. Ele me mostrou as fotos da cirurgia, me explicou ponto a ponto nas fotos o que era a endometriose e o que foi feito. Me senti amparada e com toda a informação que precisava sobre minha saúde e meu corpo. Saio satisfeita e muito feliz. Um novo ar e um novo fôlego depois de nove anos de luta.

Eu decidi continuar com o DIU, preferi não tirá-lo ainda porque está funcionando bem comigo. Como estou solteira no momento, já tenho 33 anos, e gostaria muito de ser mãe, o doutor Alysson me recomendou talvez congelar alguns óvulos para o futuro, mas eu não sei bem se é isso que quero. Mas com toda essa notícia de só ter meio ovário bom, mesmo sabendo que é possível engravidar naturalmente, e o doutor Alysson sempre me reforça isso, eu me abri para outras possibilidades futuras, como a adoção. Afinal ser mãe de coração é mãe também, né? Então, por isso, eu relaxei um pouco mais para não enlouquecer com a pressão do tempo passando e a possibilidade de não engravidar naturalmente.

Eu posso dizer que essa doença é para guerreiras, para quem não desiste de lutar. E depois de três cirurgias, alguns órgãos perdidos no caminho e vários sintomas estranhos, eu sinto que venci mais uma vez. Principalmente porque apesar de tudo não me deixei abater, nem entristecer, tentei enfrentar todas as dificuldades com ânimo, entusiasmo e vontade de viver. E com a certeza de que Deus põe em nosso caminho as pessoas certas no momento certo para nos ajudar a conquistar a vitória.

Carol, muito obrigada pelo trabalho que você faz. E muito obrigada a todas as outras guerreiras nessa luta! Juntas somos mais!! Beijo carinhoso! Ana Karenina Macedo”

quinta-feira, 12 de maio de 2016

PUBLIEDITORIAL: A ENDOMETRIOSE TAMBÉM AFETA AS ADOLESCENTES. SAIBA COMO REDUZIR A DOR DA DOENÇA!


Por Caroline Salazar

Você sabia que a cólica forte na adolescência já pode ser endometriose? Segundo estudos cerca de 50 a 70% das adolescentes que sofrem de dores menstruais são potenciais portadoras de endometriose. Um número muito alto, principalmente, porque o diagnóstico leva em média de 7 a 12 anos. É muito difícil a adolescente ter o diagnóstico, pois a ausência de alguns sintomas, como as dores na relação sexual e a infertilidade, adiam o diagnóstico. Sem contar que suas dores são constantemente confundidas com outras doenças.

 Para amenizar as dores da endometriose sem ter que fazer o tratamento invasivo (a videolaparoscopia) os médicos têm recomendado o uso de drogas modernas, como o dienogeste 2mg. Dentre elas está disponível no mercado o Alurax, da Momenta Farmacêutica, o dienogeste que você já conhece, mas com 30 comprimidos e com o melhor custo benefício. Segundo especialistas o dienogeste 2mg reduz a dor logo no primeiro mês, com diminuição progressiva nas próximas 24 semanas de uso.

O Alurax é fabricado pela Momenta Farmacêutica. Uma das missões da Momenta é justamente "promover o acesso à saúde e à qualidade de vida com tratamentos a preço justo”. Com cerca de três anos de atuação, a Momenta tem qualidade garantida e já é reconhecida pela comunidade médica, pelos farmacêuticos e pelos farmacistas. Converse com seu especialista em endometriose a respeito do Alurax. Vale lembrar que todo medicamento deve ser prescrito pelo seu especialista. Não tome nenhum remédio sem o consentimento de seu médico.

Se você tiver dificuldade de encontrar o Alurax em sua cidade, vou deixar o telefone do SAC para você saber quando ele estará disponível na farmácia mais próxima de sua casa: 0800 703 1550 ou se preferir envie email para central@momentafarma.com.br

segunda-feira, 9 de maio de 2016

MATTHEW ROSSER: ARRISCANDO SOLUÇÕES COM NOVAS TERAPIAS PARA ENDOMETRIOSE!

O cientista inglês Matthew Rosser traz hoje uma pesquisa realizada por pesquisadores turcos sobre uma nova terapia para tratar a endometriose, chamada terapia HBO (Hyperbaric Oxygenation) - a oxigenoterapia hiperbárica (OHB). Ainda há muito a ser estudada, mas pode, sim, ser uma luz no fim do túnel para não só a cura total, mas para reduzir os sintomas e os implantes endometriais. Mais um texto exclusivo A Endometriose e Eu. Beijo carinhoso! Caroline Salazar 

Por Matthew Rosser
Tradução: Alexandre Vaz
Edição: Caroline Salazar

Quando olhamos para a história da ciência, verificamos que ela está cheia de ideias radicais para resolver problemas complexos. Algumas dessas ideias radicais conduziram a mudanças que produziram alterações no mundo. Por exemplo, o médico americano Jonas Salk salvou milhões de vidas e praticamente erradicou a poliomelite nos anos 50 ao injetar as pessoas (incluindo a ele mesmo e à família) com uma versão “inativa” do vírus; um risco elevado que acabou compensando.

Outras curas da medicina não foram tão eficaz. Por exemplo, o triste caso de Alan Turing, um brilhante cientista britânico, que se não fosse pelo trabalho que desenvolveu, você não estaria lendo esse post no computador que tem na sua frente. Mais ou menos na mesma época em que Salk estava desenvolvendo a vacina para a poliomelite, Turing foi acusado de ser homossexual (um crime no Reino Unido na época), e em vez de ser colocado na prisão ele foi forçado a tomar injeções de estrogênio para “curar” os seus desejos homosexuais. Os efeitos secundários foram obviamente horríveis, e não passou muito tempo até que ele se suicidou, dando uma mordida em uma maçã que ele previamente dopou com cianeto (algumas pessoas especulam que o logo da Apple presta homenagem a Turing).

Obviamente que esses são dois exemplos extremos, mas eles servem para ilustrar o tópico desse post, que é o pensamento radical na ciência, especialmente no que respeita à endometriose.

A endometriose é complicada, não importa a teoria de origem que você prefere, ou o mecanismo da doença; todos concordamos que é complicada. Para resolver um problema complexo, não importando qual seja, as pessoas surgem com várias possíveis soluções diferentes e a endometriose é um bom exemplo disso. Existem muitos tipos de tratamento para a doença, desde um monte de terapias hormonais e cirurgias, passando por medicina alternativa, até sofisticadas tecnologias como a terapia genética.

Mas a ciência está em constante evolução, já que os cientistas estão constantemente pesquisando e realizando experimentos para resolver alguns problemas complexos, e por vezes, as ideias que nascem desses experimentos podem parecer estranhas no começo.

Veja por exemplo essa pesquisa de um grupo da Turquia. Esse grupo induziu endometriose em ratos e os dividiu em dois grupos. Um dos grupos foi deixado em paz, sem intervenção (grupo de controle), enquanto que o outro foi colocado em Terapia Hiperbárica de Oxigênio (HBO) por duas horas diárias durante 6 semanas. E o que é HBO? Essencialmente envolve que o sujeito seja colocado em uma câmara contendo oxigênio puro que ele respira, por um período de tempo. Isso nem é um tratamento novo, já é usado faz muito tempo para tratar todo o tipo de doença, desde lesões esportivas, a envenenamento por monóxido de carbono, e até para aliviar efeitos colaterais de radioterapia, mas nunca como um possível tratamento para a endometriose. Abaixo, uma foto de um sistema HBO usado em humanos.

Fonte imagem MDMedicine - artigo original Matthew Rosser


Vamos regressar ao estudo original. O resultado desse estudo mostrou que os ratos que receberam terapia HBO tiveram uma redução no tamanho dos seus implantes quando comparados com o grupo de controle. Também revelou uma assinalável redução nos marcadores de inflamação.

Essencialmente a endometriose no grupo HBO (vamos chamá-lo assim) entrou em remissão. Então porque será que isso aconteceu e qual o passo seguinte?

Bom, terapia HBO é usada para tratar as doenças que já referi, mas também porque ela facilita uma melhoria no sistema imunológico. Apesar de esse ser um estudo baseado em animais (podendo não funcionar em humanos), continuam sendo resultados bem encorajadores, até mesmo porque a terapia HBO não tem efeitos colaterais graves e é no geral bastante segura. Por esse motivo será bem fácil no futuro testar a terapia HBO em humanos com endometriose e observar se ajuda na recuperação pós-operatória ou na redução de sintomas.

Embora não esteja antecipando que a terapia HBO seja uma cura para endometriose, esse tipo de pensamento que surgiu dos autores desse estudo irá eventualmente conduzir a uma cura. Com isso estou dizendo que em ciência é importante por vezes sair da área de conforto, correr riscos, pensar nas ideias radicais que ninguém pensou antes e estar preparado para que se der errado, dar a cara a tapa. É apenas abraçando as novidades sem receio nas abordagens que tomamos, que um dia iremos achar a cura para a endometriose.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

"GESTAÇÃO DO CORAÇÃO": OS DOCUMENTOS E OS PASSOS PARA ENTRAR NO CADASTRO NACIONAL DE ADOÇÃO (CNA)!

A lista de documentos necessários para o Cadastro Nacional de Adoção (CNA)
Em mais um texto da coluna "Gestação do Coração" nossa querida Ane relata o passo a passo de como conseguiu seu tão sonhado positivo. No último dia 15 de abril ela e Paulo completaram 9 meses de gestação. Sim, na gestação do coração há também a contagem das semanas, dos meses, pois a ansiedade é a mesma de uma gestação natural, se não for maior, pois geralmente os pais do coração demoram muito mais de 9 meses para conhecer seus filhos. Neste texto ela também deixa a lista de documentos necessários para a entrada no Cadastro Nacional de Adoção (CNA). Com certeza este é mais um texto que vai ajudar muitas mamães e papais a se preparar para o tão sonhado positivo. Beijo carinhoso! Caroline Salazar


Por Ane Bulcão
Edição: Caroline Salazar

Em mais um texto sobre minha saga em busca do meu tão desejado filho gostaria muito de ajudar às futuras mamães que querem adotar e não sabem direito como proceder. Neste texto farei uma sintetização de como é o processo para que se possa chegar ao tão sonhado positivo, que é a entrada para a fila do Cadastro Nacional de Adoção (CNA).

Antes de qualquer coisa devo dizer que cada comarca judicial tem uma maneira própria de atuar e conduzir o processo. Por esta razão pode ser que um ou outro procedimento poderá haver alteração da ordem dos passos a serem seguidos. Mas, vamos em frente. Depois de fazer tudo que estava ao seu alcance se realmente você não conseguiu engravidar, e mesmo tendo vivenciado momentos de dor devido à constatação da infertilidade, tendo passado seu período de luto por tal condição, você mulher endoguerreira se deu conta de que quer ser mãe (assim como eu), e que para isso não necessariamente precisa engravidar. Esse é o primeiro caminho para sentir a vontade de ter um filho do coração. Se você sabe que dentro desse seu coração ainda há muito amor, um amor puro e incondicional, e que precisa ser compartilhado com um ser que, certamente não nasceu de você, mas nasceu para você, e por isso resolveu adotar! Meus parabéns!

Eu quero adotar e agora?

Bem, a primeira coisa a ser feita é ir à vara da Juventude e da Infância de sua comarca (no fórum mais perto de sua casa), lá eles irão te informar sobre os documentos que devem ser providenciados para se inicializar o processo, mas  de antemão já adianto pra vocês quais documentos são  necessários: RG, CPF, certidão de casamento (se casado/a), comprovante de residência recente, comprovante de rendimentos ou declaração equivalente, atestado ou declaração médica de sanidade mental, fotografia tamanho 10x15 dos pretendentes. Sobre quem pode adotar, devem ser maiores de 18 anos, casado/a ou solteiro/a, divorciados e separados judicialmente e os ex-companheiros podem adotar conjuntamente, desde que o estágio de convivência tenha se iniciado na constância da união. O candidato à adoção deve ser pelo menos dezesseis anos mais velho que o adotando. Se o pretendente já chegar lá na sua comarca com estes documentos já economizará uma viagem ao fórum para levar documentação (risos).

Após darem entrada com tais documentos é só aguardar contato do próprio fórum que irá marcar uma entrevista com psicólogo e posteriormente a visita da assistente social em sua residência. Lembrando que pode não ser necessariamente nesta ordem. Provavelmente durante a entrevista com o psicólogo lhe seja informado que tenha que fazer um curso preparatório para candidatos à adoção (leia meu texto sobre o curso). Mas como já disse vai depender da comarca a qual a pessoa terá feito sua inscrição. E é neste momento que você e seu companheiro (a) tracem o perfil da criança que pretendem adotar.  

Outra coisa importante a ressaltar é que antes do CNA era comum chegar ao fórum e dizer: “Eu tenho uma criança que foi abandonada e quero adotar”. A chamada “adoção pronta” (quando já se tem a criança que será adotada), uma pratica que não é aceita em todas as comarcas de forma que existem juízes que repudiam tal procedimento, e outros não. Também é importante ressalvar que o casal esteja de pleno acordo em se fazer a adoção, caso contrário se um dos cônjuges não estiver de acordo, ou não totalmente convencido de que quer adotar poderá ser negada a aprovação ao ingresso no CNA, e consequentemente, que não seja concretizada a adoção. Depois de cumprida todas essas etapas com sucesso (falo aprovado em cada uma), será entregue um relatório do psicólogo e da assistente social que será enviado ao promotor, e este ao dar o parecer positivo, será encaminhado para o juiz de direito, que, por sua vez, dará o parecer final do processo. Sendo ele positivo ai sim será aprovada sua entrada para a fila no CNA. Parabéns você está grávida no coração, você conseguiu o seu positivo.

Esses são os passos a serem seguidos para iniciar nossa tão sonhada gravidez. Espero que este meu texto contribua de alguma forma para esclarecer algumas dúvidas. Mais uma vez parabenizo quem quer ter filhos por meio da adoção. Saibam que Deus também nos adotou como filhos por meio de Cristo Jesus como está escrito Bíblia em Efésios 1, 5 e é nele (Deus) que encontro inspiração e exemplo para tal ato de amor. Claro que a adoção nunca deve ser vista como um ato de caridade nem benemerência (isto é assistencialismo barato e não é legal). A adoção é mais que isso, ela é um ato de doação, um amor altruísta, é um dom dado para algumas pessoas o que em momento nenhum nos faz melhores do que aqueles que não desejam adotar. Por isso enfatizo que deve haver respeito às opiniões e decisões de cada pessoa sempre, para que possamos conviver neste mundo de forma digna e pacífica. Que Deus continue nos abençoando sempre. Até a próxima. Beijo carinhoso!

segunda-feira, 2 de maio de 2016

"SAÚDE E BEM-ESTAR": MICROPIGMENTAÇÃO DE SOBRANCELHAS FIO A FIO 3D, CONHECE ESTA TÉCNICA?

O antes e o depois das minhas sobrancelhas

No texto de hoje da coluna “Saúde e Bem-estar” vamos dar uma dica que vai te deixar ainda mais bonita. Quem nunca quis ter as sobrancelhas dos sonhos e sem nenhuma falha, mas de uma forma bem natural, sem parecer que foi retocada? Essa técnica já existe e se chama Micropigmentação fio a fio 3D. É um procedimento semidefinitivo que consiste na introdução de pigmentos na segunda camada da pele (a derme), por isso o resultado é tão realista. 

Primeiro é realizado o design das sobrancelhas, há a limpeza de todos os pelos feita com linha, e em seguida é feito o desenho melhorando o formato de acordo com a simetria do seu rosto.

A profissional pigmenta nos locais falhados, preenchendo o desenho. O mais impressionante é que os fios são desenhados um a um no sentindo natural dos pelos. Fica lindo e supernatural! Nem parece que você fez alguma coisa.

Eu sempre tive sobrancelhas grossas, bonitas, mas por muito tempo “cagaram” (isso mesmo) nas minhas, elas cresceram, mas em um ou outro lugar ficou falhado e vez ou outra corrigia essas imperfeições com o lápis. Criei coragem e fui à Expressão do Olhar unidade Paraíso conhecer a técnica e não é que adorei! Olha o meu antes e depois na foto acima. Sem contar a doçura e a competência da Michele, que coincidentemente é minha conterrânea. 

Para as leitoras do A Endometriose e Eu a Expressão do Olhar SP, que fica no bairro do Paraíso, está dando como cortesia avaliação gratuita de suas sobrancelhas por 15 dias a contar de hoje. Você tem vontade de dar um up nas suas sobrancelhas e não sabia como? Entre em contato pelo Instagram: @expressaodoolhar_paraiso_sp ou pelo telefone 11 3251-3831 0u whatsapp 11 96607-2772. Tenho certeza que vocês irão adorar. Esse também é uma ótima dica para presentear as mamães. Beijo carinhoso! Caroline Salazar

Atenção: Gestantes e lactantes (que estão em amamentação exclusiva) não podem fazer. Se você é como eu que ainda amamenta, mas seu bebê já tem mais de 6 meses, você está liberada. Mas tanto a Michele quanto o Eduardo irão te passar todas as informações.